domingo, 21 de abril de 2013











Universidade Cidade de São Paulo
UNICID





Esportes Coletivos
Uma proposta para o ensino do Korfebol com práticas de jogos pré-desportivos e recreativos









Organizadores:

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Aline Mattos 
Daiane Santos 
Dilcinete Montel 
Édipo Nunes
Rodrigo Sousa
Jaynne Cardeal 
Rafael Gregório 
Sheila Santos 



Resumo

Nos tempos atuais, em escolas ou centros esportivos que tenham como propósito a prática do esporte com fundamentos pedagógicos, nos deparamos com uma reprodução de atitudes que estão enraizadas no comportamento humano. A vitória a todo custo e a seleção dos melhores. Mesmo com o surgimento das propostas pedagógicas que objetivam o ensino do esporte como um meio, e não como um fim nele mesmo, algumas instituições ainda mantem o caráter tecnicista nas aulas de Educação Física.
Esse projeto tem como objetivo, reapresentar uma modalidade esportiva coletiva e de caráter inclusivo porém, tendo seu processo de ensino aprendizagem na abordagem construtivista, fazendo uso de jogos e brincadeiras para assimilação de sua estrutura.  


Introdução

A prática do esporte coletivo é muito comum por crianças, jovens e adultos sendo em escolas ou até mesmo por lazer apenas para diversão. Porém podemos notar que muitas vezes a uma divisão entre eles para praticar o determinado esporte, ou seja, algumas vezes notamos que homens não jogam com mulheres e adultos não jogam com jovens, até mesmo pelo fato dos esportes coletivos serem de muito contato físico. Para que isso não seja mais empecilho na interação das pessoas será proposto um esporte coletivo chamado Korfebol.
Caracteriza-se como um esporte coletivo devido ele ser jogado por mais de uma pessoa, ou seja, o esporte é denominado coletivo quando pela sua dinâmica a uma coordenação das ações de dois ou mais indivíduos para o desenvolvimento do determinado jogo. (Gonzáles).
Esse esporte é de origem Holandesa que surgiu em 1902, inventado pelo professor de educação física Nico Brolkhuyesen, com o intuito de conseguir a interação entre crianças e adultos, homens e mulheres. Como todos os esportes coletivos o korfebol é um esporte muito dinâmico que trabalha com a parte cognitiva, física e técnica dos indivíduos que o pratica. Devido o esporte (korfebol) ser algo novo para todos, utilizaremos para seu ensino aprendizagem uma abordagem que privilegia o jogo como seu principal conteúdo de ensino, tendo em seu papel que os indivíduos possam fazer essa pratica em um ambiente lúdico e prazeroso (Batista. Freire) será abordagem construtivista.
Como o esporte nos da à oportunidade de colocar idades e sexos diferentes no mesmo jogo, procuramos então trabalhar com duas faixas etárias e sexos distintos, propomos então aplicar o esporte com adolescentes e jovens adultos, tanto homens como mulheres acontecendo essa interação entre eles. Para PAPALIA a adolescência caracteriza se por um período de transição que o indivíduo passa da infância para fase adulta, período esse que começa dos 11 ou 12 ate os 20 de idade , já o jovem adulto dos 20 aos 40 anos de idade onde suas condições físicas e funcionamento sensorial-motor estão no auge (PAPALIA).
Neste trabalho temos objetivo de proporcionar para os praticantes a aprendizagem desse novo esporte propondo jogos e brincadeiras e métodos com situações reais de jogo para que eles então possam se divertir na aprendizagem do mesmo.

Abordagem Pedagógica

Será utilizado para o desenvolvimento deste projeto abordagem construtivista, com o intuito de mostrar uma nova tendência pedagógica e deixar um pouco de lado as antigas tendências mecanicistas que só pensam em alto rendimento.
Segundo Rosa Sanny (1998 p. 32, 33), o construtivismo é filho do iluminismo, que tem origem na Maiêutica de Sócrates, que acredita na capacidade do homem se guiar pela razão, e através dela criar e recriar o mundo e se orientar em ações nele. Porém foi principalmente nos anos de 70 e 80 que o construtivismo começou a ser estimulada, essa tendência veio para quebrar as linhas mecanicistas que buscavam apenas o desenvolvimento Maximo sem respeitar a cultura dos alunos focando em perfeição e reprodução.
Essa abordagem tem como foco, a construção do conhecimento através da interação do sujeito com o mundo, respeitando seu universo cultural e proporcionando jogos e brincadeiras para que os indivíduos possam construir dentro de um ambiente lúdico e prazeroso. (Batista Freire). “No construtivismo, a intenção é a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, numa relação que extrapola o simples exercício de ensinar e aprender... Conhecer é sempre uma ação que implica em esquemas de assimilação e acomodação num processo de constante reorganização” (CENP; 1990). Podemos notar a importância dessa abordagem em um ambiente escolar, a criança ou o jovem na escola hoje fica muito preso apenas ou na mente ou no corpo, movimento, acaba não fazendo a junção dos dois o que deveria acontecer, o construtivismo trás essa junção que vai de acordo as linhas proposta pela LDB “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber” no qual coloca a disciplina numa pasta denominada códigos e linguagens e isto traz para o debate a importância cultural da disciplina antes meramente atrelada a aspectos biológicos, fazendo assim que Educação Física passe a ser vista como um meio para atingir o desenvolvimento cognitivo do aluno.

Faixa etária e benefícios com a prática

Optamos trabalhar com duas faixas etárias e sexos diferentes já que o esporte nos da essa oportunidade, serão a adolescência e o jovem adulto.
Adolescência caracteriza-se por um período de transição que o individuo passa da infância até a fase adulta, período esse que começa dos 11 ou 12 até os 20 anos de idade (papalia). Nesse tempo os adolescentes estão sujeitos a muitas mudanças tanto físicas como psicológicas, algumas dessas mudanças afetam diretamente o comportamento deles como indivíduos.
Fisicamente as primeiras mudanças visíveis a acontecer no período da adolescência são: o surto do crescimento (rápido aumento na estatura física. Tanner) aumento de peso, ganho de massa muscular e a maturidade sexual. (os adolescentes ganham cerca de 20% da altura de adulto e 50% do peso de adulto durante esse período de adolescência. Viviam Oliveira machado). Essas mudanças apresentadas nesse período são devido á puberdade (processo pelo qual uma pessoa alcança a maturidade sexual a capacidade de reprodução. Papalia).
O inicio da puberdade é distinto para meninos e meninas, para as meninas ela tem inicio dois anos antes que para os meninos, entre 10 e 13 anos para as meninas, e 12 aos 14 para os meninos, considerando que pode ocorrer o período de puberdade precoce ou tardia.
O Jovem adulto caracteriza-se dos 20 aos 40 anos de idade, e nesse período podemos dizer que eles estão no auge de suas formas físicas, e do funcionamento sensorial- moto, nessa faixa etária sua força energia e resistência estão muito bem desenvolvidas (Papalia).
Em base aos aspectos do projeto, decidimos desenvolve-lo com adolescentes e adultos, onde há várias formas de classificar essa faixa etária, sendo uma delas a idade cronológica, que é calculado em dias, meses e anos. De acordo com Gallahue, podemos classificar a adolescência de 10 aos 20 anos, e idade adulta jovem de 20 a 40 anos. No nosso projeto iremos trabalhar com pessoas de 15 a 36 anos. E podemos falar também da idade biológica, que fala do indivíduo em seu progresso à maturidade, pois o desenvolvimento inicia-se na concepção e cessa somente na morte, sendo assim a maturação refere-se à progressão do indivíduo, está relacionada à área cognitiva, afetiva e psicomotora.
Os praticantes desta modalidade podem ser favorecidos pela diminuição de agressividade, pois não é permitido o contato físico e quando isso ocorre a jogada é interrompida. Sendo uma atividade que integra todos os alunos, na cultura de movimentos.
Segundo Freire (1989 p. 85) os principais argumentos usados para a separação por sexo, nas aulas de educação física, são frágeis e referem-se á superioridade dos meninos em quase todas as capacidades físicas e habilidades motoras. Com isso ocorrendo a dificuldades dos professores em trabalhar com a coeducação “Inclusão de meninos e meninas na mesma atividade.”
Os PCNs, (1998 p, 20) relatam que na modalidade Korfebol ocorre à coeducação, entre ambos os sexos. Esporte que possui regras, metodologia, competição, porém não exclui possibilita interação entre os gêneros e sua aplicabilidade nas escolas é satisfatória.
Com sua importância, nas escolas onde o Korfebol foi implantado teve a aceitação positiva pelos alunos, com isso os professores obtém a possibilidade da integração de todos os alunos no mesmo contexto, é difícil e não são muitas as atividades, brincadeiras e esportes que conseguem.

Métodos a utilizados para o ensino da modalidade

Como todos os esportes coletivos, o korfebol também é uma atividade que exige muitas capacidades cognitivas, como a percepção, tomada de decisão e antecipação, porém não podemos esquecer-nos das técnicas e táticas. Mas quando estamos falando de esportes coletivos muitas vezes nos deparemos com alguns treinamentos mecanicistas, ou seja,
muito parado sem contado nenhum com a realidade do esporte, pensando somente na técnica e esquecendo-se das capacidades cognitivas tão exigidas nos desportos coletivos. (percepção, tempo de reação tomada de decisão entre outros)
Partindo dessa ideia podemos notar que para prática de um esporte coletivo é importante que o jogador/ atleta reúna as duas qualidades, tanto as técnicas como as capacidades cognitivas por isso a escolha dos métodos de ensino para o ensino aprendizagem do esporte é muito importante. A partir dai resolvemos então optar por dois métodos que reuni as duas qualidades são eles: situacional e o global.

Situacional: Este método procura incorporar o desenvolvimento paralelo de processos cognitivos inerentes à compreensão das táticas do jogo e se compõem de jogadas básicas extraídas de situações padrões de jogo, aspecto este que, segundo Greco é a grande vantagem deste método. Esse método nos da à oportunidade de colocar o jogador com as possíveis situações de jogo que ele pode vir a enfrentar e consegue reunir as duas importantes qualidades que um jogador deve obter para pratica do desporto coletivo.

Global: É um método que privilegia jogo, o aluno aprende jogando e jogando ele consegue desenvolve qualidades tanto cognitivas como técnicas e táticas. Parte dos jogos pré-desportivos (jogos com algumas alterações nas suas regras), para o jogo formal, utilizasse de formas de jogos menos complexas cujas regras vão sendo introduzidas aos poucos. (Reis 1994)
No método global (López) define alguns objetivos principais: A constante tomada de decisão dos alunos desenvolvendo assim sua inteligência tática permitindo solucionar problemas durante a partida, facilitar a compreensão por partes dos jogadores entre outros.

Estilos de ensino a aplicados nas aulas.

Optamos por trabalhar nas aulas que vamos proporcionar aos participantes com dois estilos, que privilegia a construção seja ela tática ou técnica que vai de acordo com a abordagem proposta.

Porque trabalhar na maior parte do processo de ensino/aprendizagem, com o estilo de ensino solução de problemas?

Compreendemos que a grande maioria dos alunos jamais praticou essa modalidade, já que se refere a uma modalidade nova entendemos ser de extrema importância encontrar estilos de ensino e processos atraentes para conquistar e manter os alunos nessa prática. E assim, nós professores optamos por um estilo de ensino onde acreditamos produzir alterações no comportamento dos alunos por meio do confronto ativo.
Sabemos que muitos professores principiantes cometem o erro de quererem ensinar demais nas primeiras aulas, focando somente nos aspectos técnicos. Apenas bem mais tarde é que concluem que é importante observar mais e falar menos. A partir destes referenciais procuramos com base nas aulas planejadas, trabalhar na maior parte do processo de ensino e aprendizagem, com o Estilo de Ensino Solução de Problemas. Delgado enfatiza que o estilo de ensino solução de problemas parte da premissa de que o aluno deve encontrar por si mesmo as soluções mais adequadas, já que este estilo de ensino enfatiza várias soluções para problemas simples. Para maior compreensão e possibilidades de sucesso entre os alunos, aprofundamos ainda mais nesta tese usando o estilo de ensino Solução de Problemas (Divergente), onde o aluno é influenciado a ir além dos dados já existentes, sempre solucionando problemas e inventando, que o levam a refletir.
Crespo (1990) comenta que são dois os objetivos fundamentais dos exercícios propostos para a iniciação do aprendizado de um esporte: primeiro os alunos precisam se divertir jogando esse esporte, no caso o Korfebol e segundo precisam aprender as regras básicas desse esporte.
A partir dessa ideia iniciamos nossa primeira aula com o propósito de experimentação sobre a modalidade, onde os alunos deverão criar recursos para enfatizarem a pratica de vários movimentos sendo específicos do esporte ou não. Será apresentado por meio de um vídeo, uma partida de korfebol. Nesse desafio imposto aos alunos, de construírem seu próprio jogo, através da observação do vídeo, acrescentamos o estilo de ensino solução problemas (divergente), como forma de compreensão e percepção da estrutura desse jogo que será construído, assim, como (Mosston) mesmo diz, eles desenvolvem a partir do estilo utilizado a criatividade e a habilidade de verificar várias soluções para um problema determinado, (busca de respostas múltiplas). Devemos salientar que nesse estilo, não existirão respostas erradas, desde que a resposta seja adequada ao problema proposto. O que pode existir são respostas “melhores” ou “mais adequadas” para satisfazer determinado problema. O estilo de ensino baseado na solução de problemas tem como foco o aluno e sua capacidade de solucionar problemas de forma independente e autônoma. O professor, por sua vez, tem o papel de incentivador, orientador e facilitador do processo, e deixa de ser o centro das decisões mais importantes. (FARIA JUNIOR; CORREA; BRESSLANE, 1987).
Caso seja identificado que o nosso objetivo não esteja sendo alcançado nas aulas, iremos aplicar o estilo de ensino Descoberta Guiada, onde a característica básica é o relacionamento particular professor – aluno, no qual a sequência de questões do professor acarreta ou ocasiona uma sequência de respostas do aluno em um processo convergente, levado o aluno a descobrir o conceito desejado. O professor jamais entrega as respostas, e deve oferecer retroalimentação frequente. Delgado (1991) apud Balbinotti (2009) comenta que por meio do estilo de ensino descoberta guiada, o aluno
não apenas decide a forma de resolver a tarefa e o ritmo da execução, como também participa intelectualmente na busca de soluções para os problemas surgidos. Não podemos esquecer que nesse estilo, o apelo ao domínio cognitivo do aluno é de forma predominante. Assim, o aluno é solicitado a pensar. Para tanto, a cada momento o professor elabora questões e desafios: “Quem consegue...?”, “Mostre-me como...?”, “Como podemos...?”, “Vamos tentar...?”, “Descubra uma maneira...?”, “De que outras maneiras...?”, “Quantas maneiras diferentes existem para...?”, “Existe outra maneira...?”, “Existe uma maneira melhor...?”. (GABBARD; LEBLANC; LOWY, 1994). No encerramento das nossas aulas, ou seja, a quinta e última aula, priorizamos o estilo de ensino solução de problemas (divergente), que utilizamos com mais frequência no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, como forma de avaliação de resultados sobre os alunos. E assim iremos concluir ou ter maior compreensão com relação aos estilos de ensino utilizados, se realmente são os mais benéficos para a iniciação do Korfebol. 

Plano de aulas:

Objetivo geral: Proporcionar aos alunos o conhecimento do esporte, das principais regras utilizadas e que eles compreendam a diferença dessa prática para as demais modalidades esportivas.

Tempo Estimado: Cinco aulas

1ª AULA

Objetivo específico: Apresentação da modalidade, e verificação dos possíveis erros cometidos por parte dos alunos.

Método: Global

Optamos pelo método global na primeira aula, pois achamos que ele atenderá nossas expectativas, que é de aplicar o jogo como o todo da maneira que os alunos compreenderam o esporte, e começar a introduzir as regras que faltarem aos poucos.

Estilos de ensino: Solução de Problemas.

Procedimento e Estratégias Utilizadas: Iniciaremos a aula com uma roda de conversa para apresentação de todos e explicação do tema.
No primeiro momento, será demonstrada uma partida de korfebol, por meio de vídeos, em seguida será realizada uma conversa, onde os alunos levantarão pontos importantes que eles observaram, assim iremos compreender de forma conceitual o que eles conseguiram absorver desse vídeo.
No segundo momento, partindo das informações colocadas pelos alunos, os professores irão solicitar que eles criem seu próprio jogo, com base no que eles conseguiram entender sobre tal modalidade.
Assim finalizaremos a aula com mais uma roda de conversa, onde os alunos terão espaço para levantar pontos positivos e negativos, questões facilitadoras, dificuldades encontradas e possíveis erros cometidos nesse jogo construído.

2ª AULA

Objetivo específico: Trazer aos participantes situações reais de jogo e trabalhar algumas habilidades cognitivas (tempo de reação, percepção, tomada de decisão...) habilidades que se destacam tanto no korfebol como em outros esportes coletivos.

Método: Situacional

Por meio desse método temos a intenção de trazer situações que eles podem vir a enfrentar no jogo, como: tomar rápidas decisões e verificar qual a melhor maneira de fazer o passe para seu companheiro e trabalhar com algumas regras do próprio esporte, entre outras coisas.

Estilo de ensino: Descoberta Guiada.

Procedimento e Estratégias Utilizadas: A aula será dividida em três momentos, onde a cada momento, o nível de complexidade será aumentado.

Na intenção de poder proporcionar uma atividade lúdica, como estratégia para a iniciação da modalidade esportiva, resgataremos um jogo utilizado predominantemente nos campos de futebol, nas brincadeiras de rua, entre outros. O jogo é conhecido como “bobinho”. Elaboramos algumas adaptações, para que os alunos compreendam algumas regras consideradas primordiais para o andamento do jogo.
No primeiro momento da aula será desenvolvido o jogo, já conhecido por muitos, o bobinho, porém com uma alteração no número de pessoas dentro do circulo (bobo), e de bolas utilizadas.
Já no segundo momento, desenvolveremos o mesmo jogo, só que de maneira mais dinâmica, onde os alunos só poderão se deslocar sem a posse de bola (característica principal do korfebol), e deverão se manter estáticos ao momento que obtiverem a posse da mesma.
No terceiro momento, será realizado um mine jogo de korfebol, com medidas e regras reduzidas, onde o objetivo é trabalhar a marcação, que no jogo acontece de forma individual, e só é permitida sendo do mesmo sexo. Fazendo assim, com que os alunos percebam e tentem transferir as características apresentadas anteriormente na brincadeira (bobinho).

3ª AULA

Objetivo específico: Trabalhar noções de posicionamento e marcação.

Método: Situacional

Por meio desse método estaremos colocando os alunos com as situações reais de jogo, trabalhando marcação e posicionamento de ataque e defesa.
Estilos de ensino: Descoberta Guiada e Solução de Problemas.
Nessa aula optamos por trabalhar com dois estilos, no primeiro momento da aula será utilizada descoberta guiada, e no segundo momento solução de problemas.
Procedimento e Estratégias Utilizadas: A partir de agora, todas as estratégias serão voltadas para situações reais de jogo, mas com adaptações para outros jogos. O jogo dessa aula será o "ALERTA".
Iniciaremos resgatando pontos fortes das aulas passadas, e em seguida aproveitando a roda de conversa, para explicar o jogo adaptado.
"ALERTA" - O jogo funciona da seguinte maneira: Os alunos se dividem em dois grupos, e cada aluno (do seu respectivo grupo) opta por um número, de 1 á 4. A partir disso um aluno (por vez) joga a bola ao centro do espaço utilizado, e diz um número, o aluno do time oposto que possuir aquele número vai atrás da bola e quando o aluno que jogou a bola grita: ALERTA, todos param, a partir dai, começam a passar a bola entre os colegas de equipe até chegar ao cesto. “Usando estratégias criadas por si mesmo para acontecer à pontuação”.

4ª AULA

Objetivo específico: Estimular o raciocínio e a estratégia.

Método: Global

Estilo de ensino: Descoberta Guiada

Procedimento e Estratégias Utilizadas: Seguindo a perspectiva da aula passada, continuaremos com jogos adaptados (pelo grupo), para que os alunos se adaptem através desses jogos e encontrem estratégias para a realização de um jogo real.

Iniciaremos a aula com a explicação do jogo, que será o "Queima-Korf".
"Queima-Korf" - O jogo é uma adaptação da queimada, que consiste na mesma ideia de "queimar" o adversário, mas agora toda vez que a pessoa conseguir fugir da bola, ela tem o direito de se posicionar com o seu time para atingir um ponto no cesto (enquanto o outro time se posiciona como a defesa) e vice versa. Quando alguém é queimado, passa a ficar no fundo do campo adversário (sem movimentar-se no jogo) e só volta para o seu campo se alguém do seu time conseguir queimar alguém do outro time ou
fizer pontuação.
Após os alunos jogarem, faremos uma breve roda de conversa, para tirar conclusões mais específicas, e se de fato eles conseguiram entender a proposta da aula.

5ª AULA

Objetivo específico: Estruturação dos conhecimentos adquiridos ao decorrer das aulas.

Método: Global

Estilo de ensino: Solução de Problemas.

Procedimento e Estratégias Utilizadas: Será realizada uma roda de conversa final, para que os alunos possam refletir sobre todas as aulas ocorridas, e assim resgatar tudo o que eles acham ser relevantes para a prática do esporte.

A proposta da aula será um Jogo entre professores e alunos, organizados por eles, onde terão que organizar o mesmo de acordo com o que eles têm de conhecimento do esporte, adquirido no decorrer das aulas. 

Conclusão 

Essa é uma proposta para a iniciação esportiva em escolas e mesmo de processos seletivos em clubes centros esportivos ou similares. 
Apesar de a modalidade apresentada ser um esporte de caráter misto e inclusivo, uma das suas características é o trabalho em equipe, e a participação de todos, com suas habilidades e capacidades distintas, podemos perceber que em alguns centros educacionais, os profissionais transformam situações rotineiras de lazer em verdadeiros campos de treinamento onde um simples arremesso ao cesto se torna uma prática cansativa e desprovida de movimento, como as nossas famosas filas e colunas tão glorificadas nas aulas de Educação Física. O ponto chave desse projeto é a combinação das metodologias em convergência com os diversos estilos de ensino, para que possam juntos criar situações reais de jogo, ao mesmo tempo em que não tem exigências físicas além das capacidades daqueles que praticam. 
Podemos concluir com esse projeto, que é perfeitamente possível a introdução de uma modalidade esportiva com práticas de jogos pré-desportivos e recreativos (independente da faixa etária), sem que precise necessariamente a manipulação como uso de práticas tradicionais de competição com repetições exaustivas de caráter técnico e de rendimento. 


Referências bibliográficas:


  • Desenvolvimento Humano - Daiane E. Papalia, Sally Wendkos Olds e Duskin Feldman; trad. Daniel Bueno – 8.ed.- Porto Alegre: Artmed, 2006.
  • Psicologia do desenvolvimento - John Paul Mckinney. Ed campos ltda / Rio de Janeiro 1986.
  • Sistema de classificação de esportes com base nos critérios: cooperação, interação com o adversário, ambiente, desempenho comparado e objetivos táticos da ação - Fernando. J. Gonzalez.
  • Iniciação ao futsal: as crianças jogam para aprender ou aprende para jogar? - Fabio Soares Pinto.
  • Construtivismo e Mudança - Sanny S. da Rosa 6.ed. – São Paulo, Cortez, 1998. Coleção Questões da Nossa Época; v. 29.
  • As principais tendências pedagógicas da Educação Física Escolar a partir da década de 80. - Suraya Cristina Darido.
  • O CORFEBOL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA - Márcio Armelau Leal e Flávia Fernandes de Oliveira
  • Conhecimento e Aplicação de Métodos de Ensino para os Jogos Esportivos Coletivos na Formação Profissional em Educação Física - Nilton Ferreira Coutinho* Sheila Aparecida Pereira dos Santos Silva.
  • CORFEBOL: PROPOSTA DE CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. - Ms. Juliana Santos Costa - UFRJ/ UNESA/ Rede Municipal do Rio de Janeiro.
  • Korfebol e seus benefícios nas aulas de educação física escolar para alunos do segundo segmento. - Luana Moura da Paz. Orientador: Liliana Limam Centro Universitário Augusto Motta.
  • A Educação Física Escolar e os estilos de ensino: uma análise de duas escolas do Rio de Janeiro, Diego Luz Moura. – http://www.efdeportes.com
  • Identificando Estilos de Ensino em aulas de Educação Física em segmentos não escolares, Márcia Cândida Teixera Gozzi e Helena Maria Ruete. – www3.mackenzie.br/editora/index.php/remef/article/.../1304/1008
  • ESTILOS DE ENSINO E A INICIAÇÃO DA CAPOEIRA PARA CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS DE IDADE, Vinícius Heine, Michele Viviene Carbinatto e Myrian Nunomura. - www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/5174/4735  A organização do processo de ensino em Educação Física, João do Nascimento Quina / SÉRIE ESTUDOS EDICÃO DO INSTITUTO POLITECNICO DE BRAGANÇA. http://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/2558/1/Estudos%2091%20Jo%C3%A3o%20Quina.pdf